OS PLANOS ESPIRITUAIS
Após ter abandonado o corpo a alma, antes de alcançar a plenitude da iluminação e, assim,
atingir definitivamente a imortalidade e livrar-se da roda das
encarnações, ocupa um plano espiritual evidentemente sem forma,
sensações e atitude. Ao deixar o plano material de movimentos e
distâncias mergulha completamente no abstrato, onde não há formas e
ação.
Então,
como a alma fica e existe neste plano espiritual? A personalidade-alma,
antes de tudo, continua autoconsciente, ou seja, percebe a si mesma,
mas embora não tenha forma (pois, forma é resultante do mundo manifesto)
“vive” no mundo dos estados. Ou melhor, a alma sente amor, angústia,
alegria, etc. O encontro com outras personalidades almas dar-se através
deste sentir. De fato, a alma livre do mundo das formas e ações sente os entes-queridos e aqueles que conheceu na última encarnação através deste “sentir”.
No
plano espiritual não existe “inimigos”. Aquelas que tivemos como
pessoas inimigas na última encarnação deixa de sê-las no plano
espiritual, pois, estas condições só existem no mundo da ação. O nosso
encontro com estas pessoas normalmente se revestem de um encontro de
amor e, então, percebemos o erro de considerá-las inimigas enquanto
encarnados. Nos planos
espirituais os limites dos acontecimentos são diluídos. Na verdade, o
prazer destes encontros são tão intensos que não conseguimos encontrar
um paralelo no mundo manifesto e, portanto, são intraduzíveis e são
impossíveis de descrevê-los.
O
fato é que quando voltamos ao plano espiritual percebemos que este é o
nosso verdadeiro lugar e que estávamos apenas temporariamente vivendo no
mundo manifesto. Porém, sentimos que precisamos alcançar algo.
Sentimo-nos incompletos, como se não tivéssemos nascidos de fato.
Sentimos que precisamos ir além para nos sentirmos realizados, mas não
conseguimos compreender isto. Só através do mundo manifesto nossa
consciência conseguirá evoluir e atingir o nível superior
de consciência. Neste processo, a vida manifesta é fundamental, pois,
só ela permite o movimento e, portanto, o gradual despertar da
consciência. Todo conhecimento nos leva a isto. O conhecimento jamais
poderá ser alcançado objetivamente, pois, o mundo manifesto é limitado e
não pode fornecer a compreensão total do mundo espiritual ilimitado.
São
os nossos estados que definem os nossos planos de consciência iguais ou
diferentes nos planos espirituais em relação às outras personalidades
almas. Quando fazemos a transição entre o plano material e o espiritual
temos que vencer os nossos medos e, para tanto, somos ajudados pelas
personalidades almas mais evoluídas. Podemos dizer que estas
personalidades são “parteiros cósmicos”.
De
toda forma, não somos afetados nem afetamos as personalidades almas que
estão encarnadas. Aquelas personalidades almas que atingiram a
iluminação, ou seja, a imortalidade
e, portanto, a consciência cósmica, no entanto, inspiram todo o tempo
todos que estão manifestos e aquelas personalidades almas manifestas no
plano material que conseguem sintonizar com estas conseguem captar as
idéias que estes “mestres cósmicos” estão transmitindo. Para que,
enquanto encarnados, consigamos captar a inspiração dos mestres
precisamos silenciar nossa mente e elevá-la a planos superiores.
A
prece, a oração e a meditação são ferramentas que dispomos para que
possamos apreender as idéias dos planos superiores de consciência.
Mas,
seja como for, enquanto estamos encarnados estamos o tempo todo sendo
atraídos para os planos espirituais e, principalmente, para os planos
superiores onde a luz se faz plena de vida, luz e amor.
Ou
seja, nossa alma está todo o tempo sendo atraída para a morte, onde ela
pode alcançar a plenitude de fato. Nosso objetivo como destino cósmico é
“voltar para a casa do pai” (voltar para o seio do criador). E, só
através da morte podemos realizar isto. Contudo, é a vida que nos
permite caminhar em direção a esta “morada”.
leia AMEAÇA AO REI
https://clubedeautores.com.br/book/155011--AMEACA_AO_REI#.UpcswuL9ykx
Nenhum comentário:
Postar um comentário